A trombose venosa
profunda é a formação de um coágulo sanguíneo em uma veia localizada
no interior de uma parte do corpo, geralmente nos membro inferiores.
Tipo / Classificação
Em geral, existem duas formas distintas de trombose:
- Trombose
venosa: é causada por um coágulo de sangue que se desenvolve
em uma veia. Pode ser o resultado de doenças ou lesões nas veias das pernas,
imobilidade por qualquer motivo, fratura, certos medicamentos, obesidade,
doenças hereditárias ou predisposição hereditária. Existem várias doenças
que podem ser classificados nesta categoria, são elas:
Trombose venosa profunda (TVP) - quando o coágulo se forma em veias
profundas, no interior dos músculos.
Trombose da veia aorta
Trombose da veia renal
Trombose da veia hepática (Síndrome de Budd-Chiari)
Síndrome de Paget-Schroetter (Trombose venosa nos membros
superiores)
Síndrome do desfiladeiro torácico (a causa da maioria das tromboses
venosas nos membros superiores que não têm relação com um trauma)
- Trombose
arterial: é
causada por um coágulo de sangue que se desenvolve em uma artéria. Pode
causar:
Acidente vascular cerebral (AVC)
Infarto do miocárdio (geralmente uma trombose na coronária devida a
uma ruptura em uma placa aterosclerótica)
Síndrome do desfiladeiro torácico (pode precipitar uma trombose tanto
arterial como venosa)
Em todo caso, o trombo irá causar uma inflamação na veia ou artéria,
podendo ficar apenas no local inicial de formação ou se espalhar ao longo
desta, causando a sua obstrução parcial ou total.
Causas
Os coágulos de sangue podem se formar quando algo retarda ou altera o
fluxo de sangue nas veias. Os fatores de risco incluem:
- Imobilidade
provocada por prolongadas internações hospitalares
- Síndrome
da classe econômica: dificuldade de movimentação durante viagens longas em
aviões e ônibus
- Terapia
de reposição hormonal
- Uso
de anticoncepcionais
- Varizes
- Cirurgias
- Cigarro
Sintomas
A trombose pode ser completamente assintomática ou apresentar sintomas
como:
- Alterações
na cor da pele (vermelhidão) em uma perna
- Aumento
de calor em uma perna
- Dor em
uma perna
- Sensibilidade
em uma perna
- Pele
que parece quente ao toque
- Inchaço (edema) em uma perna
Exames
Além do exame físico,
os seguintes testes podem ser feitos:
- Exame de sangue de dímero D
- Exame de ultrassom Doppler
das pernas
- Pletismografia (medição do
fluxo sanguíneo) das pernas
- Raio X para mostrar as veias
na área afetada (venografia)
Exames de sangue
podem ser feitos para verificar se há mais chance de coagulação de sangue
(hipercoagulabilidade). Esses testes incluem:
- Resistência à proteína C
ativada (verifica se há a mutação do fator V de Leiden)
- Níveis de antitrombina III
- Anticorpos antifosfolipídeos
- Teste genético para procurar
mutações que tornem você mais suscetível a desenvolver coágulos
sanguíneos, como a mutação G20210A da protrombina
- Anticoagulantes de lúpus ou
- Níveis de proteína C e S
- Triagem
para coagulação intravascular disseminada (CIVD)
Entre outros...
Tratamento de Trombose
O tratamento da trombose é feito em função do tipo e gravidade da
trombose, e da saúde e idade do paciente. Antes de se iniciar o tratamento terá
de ser avaliada a tolerância do indivíduo para determinadas terapias e
medicamentos. Normalmente o tratamento da trombose é feito com recurso a
anticoagulantes, como heparina e cateteres. Como prevenção de trombose algumas
medidas devem ser tomadas como, manter um peso equilibrado, não fumar e no caso
de ter sido submetido a intervenção cirúrgica deve movimentar-se, sendo
importante a manutenção de uma prática regular de exercícios.
Fatores de risco
Alguns fatores como
predisposição genética, idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias e
hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de
álcool, fumo, falta de movimentação, aumentam o risco de desenvolver trombose.
Complicações Possíveis
Um coágulo sanguíneo
pode desprender-se da perna e deslocar-se para os pulmões (embolia pulmonar) ou
para qualquer outro local do corpo, podendo colocar sua vida em risco. O
tratamento rápido de TVP ajuda a prevenir esse problema.
A síndrome
pós-flebítica se refere a inchaço de longo tempo (edema) na perna que teve a
trombose venosa profunda. Alterações na cor da pele e dor também podem estar
presentes. Esses sintomas podem ser notados imediatamente ou não se desenvolver
por um ou mais anos depois disso. Este problema é chamado síndrome
pós-trombótica.
Recomendações
- Procure um médico para saber
se você pertence ao grupo de risco, porque existem medidas
preventivas que podem e devem ser adotadas
- Pare de fumar. Os
componentes do cigarro lesam veias e artérias
- Beba álcool com parcimônia e
moderação
- Movimente-se. As
consequências da síndrome da classe econômica podem ser atenuadas se
você ficar em pé ou der pequenas caminhadas. Vestir meias elásticas
ou massagear a panturrilha pressionando-a de baixo para cima ajuda
muito
- Ande sempre que possível, se
você é obrigado a trabalhar muitas horas sentado. Levante-se para
tomar água ou café, olhar a rua, ir ao banheiro
- Use meias elásticas
especialmente se você tem varizes (consulte um médico)
- Não se automedique. Procure assistência médica imediatamente se apresentar algum sintoma que possa sugerir a formação de um trombo.
Obs.: Nas gestantes o
risco da Trombose Venosa profunda (TVP) aumenta a partir do 5º mês de gestação.
Se você esta gravida converse com seu médico.
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