terça-feira, 10 de setembro de 2013

DOENÇA DE ALZHEIMER

O que é
A doença de Alzheimer - Alois Alzheimer, neurologista alemão que primeiro descreveu essa patologia. Doença neuropsiquiátrica degenerativa e progressiva que afeta indivíduos de meia-idade e particularmente, idosos.
Caracterizada por lesões do tecido cerebral e distúrbios da função cognitiva, do humor e do comportamento.

Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos.


Causas
Não se conhece a causa específica da doença de Alzheimer. Parece haver certa predisposição genética para seu aparecimento. Nesses casos, ela pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos.
Pesquisadores levantam a hipótese de que algum vírus e a deficiência de certas enzimas e proteínas estejam envolvidos na etiologia da doença. Outros especulam que a exposição ao alumínio e seu depósito no cérebro possam contribuir para a instalação do quadro, mas não foi estabelecida nenhuma relação segura de causa e efeito a respeito disso.
Sintomas
  • Estágio I (forma inicial) – alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais
  • Estágio II (forma moderada) – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia
  • Estágio III ( forma grave) – resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva
  • Estágio IV (terminal) – restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes.

Diagnóstico
Avaliação neurológicas,neuropsicológicas, psiquiátricas, de imagens neurológicas e da bioquímica do sangue.

Tratamento
Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela sua condição. Antipsicóticos podem ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos, garantir a sua segurança e a dos que a rodeiam.
A doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão sociofamiliar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser tratados.

Fisioterapia na Doença de Alzheimer

  • Desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas
  • Promover melhoria das funções cognitivas e motoras

Objetivos:

  • Retardar e minimizar a perda das funções cognitivas
  • Adaptação progressiva ao programa de procedimentos fisioterapêuticos
  • Reeducar e manter o controle voluntário das atividades motoras (manutenção de ritmo e padrão bilateral de movimento)
  • Reeducar e manter os mecanismos posturais normais
  • Maximizar as ADM’s (evitar encurtamentos, contraturas e deformidades)
  • Promover alívio da dor, melhoria da capacidade funcional e restabelecimento da mobilidade
  • Melhorar a capacidade perceptiva e os mecanismos da memória

Exemplos de abordagens com boa resposta

  • Exercícios Terapêuticos (cinesioterapia)
  • Fisioterapia Respiratória
  • Hidroterapia
  • Terapias em grupo

Prevenção
O Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção. Os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social permite, pelo menos, retardar a manifestação da doença. Entre as atividades recomendadas para estimular a memória, estão: leitura constante, exercícios de aritmética, jogos inteligentes e participação em atividades de grupo.
Recomendações
Algumas medidas podem facilitar a vida dos doentes e de quem cuida deles:
  • Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone, etc.) e as palavras “Memória Prejudicada”, porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra
  • Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la. Espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV, etc.) pode ajudá-lo bastante
  • Simplificar a rotina do dia-a-dia de tal maneira que o paciente possa continuar envolvido com ela
  • Encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta. Quando não consegue mais tomar banho sozinha, por exemplo, pode ainda atender a orientações simples como: “Tire os sapatos. Tire a camisa, as calças. Agora entre no chuveiro”
  • Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de sorvete, ofereça apenas dois tipos
  • Certificar-se de que o doente está recebendo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas de acordo com suas possibilidades
  • Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental
  • Estimular o convívio familiar e social do doente
  • Reorganizar a casa afastando objetos e situações que possam representar perigo. Tenha o mesmo cuidado com o paciente de Alzheimer que você tem com crianças
  • Conscientizar-se da evolução progressiva da doença. Habilidades perdidas jamais serão recuperadas
  • Providenciar ajuda profissional e/ou familiar e/ou de amigos, quando o trabalho com o paciente estiver sobrecarregando quem cuida dele.

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