O que é
A
doença de Alzheimer - Alois Alzheimer, neurologista alemão que primeiro
descreveu essa patologia. Doença neuropsiquiátrica
degenerativa e progressiva que afeta indivíduos de meia-idade e
particularmente, idosos.
Caracterizada
por lesões do tecido cerebral e distúrbios da função cognitiva, do humor e do
comportamento.
Cerca
de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem
apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem
para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10
anos.
Causas
Não se conhece a causa específica da doença
de Alzheimer. Parece haver certa predisposição genética para seu aparecimento.
Nesses casos, ela pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos.
Pesquisadores levantam a hipótese de
que algum vírus e a deficiência de certas enzimas e proteínas estejam
envolvidos na etiologia da doença. Outros especulam que a exposição ao alumínio
e seu depósito no cérebro possam contribuir para a instalação do quadro, mas
não foi estabelecida nenhuma relação segura de causa e efeito a respeito disso.
Sintomas
- Estágio I (forma inicial) – alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais
- Estágio II (forma moderada) – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia
- Estágio III ( forma grave) – resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva
- Estágio IV (terminal) – restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes.
Diagnóstico
Avaliação neurológicas,neuropsicológicas,
psiquiátricas, de imagens neurológicas e da bioquímica do sangue.
Tratamento
Não
existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento
destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos
produzidos pela deterioração trazida pela sua condição. Antipsicóticos podem
ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos,
garantir a sua segurança e a dos que a rodeiam.
A doença
de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são
próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos
emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de
atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão
sociofamiliar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as
visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa
doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser
tratados.
Fisioterapia na Doença de
Alzheimer
- Desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas
- Promover melhoria das funções cognitivas e motoras
Objetivos:
- Retardar e minimizar a perda das funções cognitivas
- Adaptação progressiva ao programa de procedimentos fisioterapêuticos
- Reeducar e manter o controle voluntário das atividades motoras (manutenção de ritmo e padrão bilateral de movimento)
- Reeducar e manter os mecanismos posturais normais
- Maximizar as ADM’s (evitar encurtamentos, contraturas e deformidades)
- Promover alívio da dor, melhoria da capacidade funcional e restabelecimento da mobilidade
- Melhorar a capacidade perceptiva e os mecanismos da memória
Exemplos de
abordagens com boa resposta
- Exercícios Terapêuticos (cinesioterapia)
- Fisioterapia Respiratória
- Hidroterapia
- Terapias em grupo
Prevenção
O Alzheimer
ainda não possui uma forma de prevenção. Os médicos acreditam que manter a
cabeça ativa e uma boa vida social permite, pelo menos, retardar a manifestação
da doença. Entre as atividades recomendadas para estimular a memória, estão:
leitura constante, exercícios de aritmética, jogos inteligentes e participação
em atividades de grupo.
Recomendações
Algumas medidas podem facilitar a vida dos
doentes e de quem cuida deles:
- Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone, etc.) e as palavras “Memória Prejudicada”, porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra
- Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la. Espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV, etc.) pode ajudá-lo bastante
- Simplificar a rotina do dia-a-dia de tal maneira que o paciente possa continuar envolvido com ela
- Encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta. Quando não consegue mais tomar banho sozinha, por exemplo, pode ainda atender a orientações simples como: “Tire os sapatos. Tire a camisa, as calças. Agora entre no chuveiro”
- Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de sorvete, ofereça apenas dois tipos
- Certificar-se de que o doente está recebendo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas de acordo com suas possibilidades
- Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental
- Estimular o convívio familiar e social do doente
- Reorganizar a casa afastando objetos e situações que possam representar perigo. Tenha o mesmo cuidado com o paciente de Alzheimer que você tem com crianças
- Conscientizar-se da evolução progressiva da doença. Habilidades perdidas jamais serão recuperadas
- Providenciar ajuda profissional e/ou familiar e/ou de amigos, quando o trabalho com o paciente estiver sobrecarregando quem cuida dele.
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