terça-feira, 3 de setembro de 2013

FISIOTERAPIA NA DOENÇA DE PARKINSON

No post do dia 26/08 falamos sobre a Doença de Parkinson (http://brphysio.blogspot.com.br/2013/08/doenca-de-parkinson.html) e hoje resolvemos falar sobre a atuação da fisioterapia nessa doença...


A fisioterapia para doença de Parkinson tem um papel importante no tratamento do indivíduo portador pois irá proporcionar uma melhora no seu estado físico geral. Atua nos sinais e sintomas da doença de Parkinson, tais como: rigidez, bradicinesia, tremor, marcha, limitações motoras relacionadas a mobilidade, atividades de vida diária e comunicação. Assim, o programa de fisioterapeuta tem como objetivo desacelerar a progressão da doença, impedindo o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias e manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente incentivando à realização das atividades de vida diária de forma independente, dando assim mais qualidade de vida.

O fisioterapeuta deve atuar o mais precocemente possível através de um plano de tratamento, onde são destacados os seguintes objetivos:
  • Manter / aumentas a amplitude de movimentos em todas as articulações
  • Impedir contraturas
  • Melhorar postura
  • Impedir a atrofia por desuso e a fraqueza muscular
  • Promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade
  • Melhorar o equilíbrio e a instabilidade postural
  • Manter ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária
  • Incrementar padrão de marcha
  • Melhorar os padrões de fala, respiração, expansão e mobilidade torácicas
  • Retardar ou minimizar a progressão e efeito dos sintomas da doença
  • Impedir o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias
  • Manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente
  • Melhorar a qualidade de vida do paciente, reintegrando-o à sociedade

Exercícios de fisioterapia

Os exercícios de fisioterapia para mal de parkinson devem ser prescritos após realização de uma avaliação globalizada do indivíduo, onde serão estabelecidas as metas a curto, médio e longo prazo. As condutas indicadas são as seguintes:           
  • Técnicas de relaxamento: devem ser realizadas num momento inicial para diminuir a rigidez, tremores e ansiedade, através de atividades rítmicas, envolvendo um balanceio lento e cuidadoso do tronco e membros. Pode-se usar também facilitação neuromuscular proprioceptiva, técnicas de bobath, terapia aquática, Shiatsu e Yôga;
  • Alongamentos: devem ser feitos de preferência de forma ativa, pelo próprio indivíduo ou com ajuda do fisioterapeuta, visando sempre a manutenção das amplitudes articulares. Orienta-se alongamentos para os braços, tronco, cintura escapular/pélvica e pernas;
  • Exercícios ativos e de reforço muscular: devem ser realizados de preferência sentado ou de pé, através de movimentos dos braços e pernas, rotações do tronco, podendo ser utilizados bastões, elásticos, bolas e pesos leves;
  • Treino de equilíbrio e coordenação: é feito através atividades de sentar e levantar, rodar o tronco nas posições sentada e em pé, inclinação do corpo, exercícios com mudanças de direção e em várias velocidades, agarrar objetos e vestir-se;
  • Exercícios posturais: devem ser realizados sempre buscando a extensão do tronco e em frente ao espelho para que o indivíduo tenha mais consciência da postura correta;
  • Exercícios respiratórios: orienta-se a respiração em tempos com uso do bastão para os braços, uso da respiração através do diafragma e maior controle respiratório;
  • Exercícios de mímica facial: incentivo aos movimentos de abrir e fechar a boca, sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos, soprar um canudo ou um apito e mastigar bastante os alimentos;
  • Treino de marcha: deve-se tentar corrigir e evitar a marcha arrastada através da realização de passadas maiores, aumento dos movimentos do tronco e braços. Pode-se fazer marcações no chão, andar sobre obstáculos, treinar o caminhar para frente, para trás e de lado;
  • Exercícios em grupo: ajudam a evitar a tristeza, isolamento e depressão, trazendo mais estímulo através do incentivo mútuo e bem-estar geral. Pode-se utilizar dança e música;
  • Hidroterapia: os exercícios na água são muito benéficos pois ajudam a reduzir a rigidez numa temperatura adequada, facilitando assim o movimento, a caminhada e trocas de postura;
  • Treino de transferência: numa fase mais avançada, deve-se orientar a forma correta para movimentar-se na cama, deitar e levantar, passar para a cadeira e ir ao banheiro.
É importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do paciente com doença de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa, já que períodos prolongados de inatividade devem ser evitados. Também vale a pena lembrar que a fisioterapia será necessária por toda a vida, portanto quanto mais atrativas forem as sessões, maiores serão a dedicação e o interesse do paciente e, consequentemente, melhores serão os resultados obtidos.
Dicas
Segue dois sites com dicas de exercícios, orientações e demais informações sobre a Doença de Parkinson

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