No post do dia 26/08 falamos sobre a Doença de Parkinson
(http://brphysio.blogspot.com.br/2013/08/doenca-de-parkinson.html)
e hoje resolvemos falar sobre a atuação da fisioterapia nessa doença...
A fisioterapia para doença
de Parkinson tem um papel importante no tratamento do indivíduo portador pois
irá proporcionar uma melhora no seu estado físico geral. Atua nos sinais e
sintomas da doença de Parkinson, tais como: rigidez, bradicinesia, tremor,
marcha, limitações motoras relacionadas a mobilidade, atividades de vida diária
e comunicação. Assim, o programa de fisioterapeuta tem como objetivo
desacelerar a progressão da doença, impedindo o desenvolvimento de complicações
e deformidades secundárias e manter ao máximo as capacidades
funcionais do paciente incentivando à realização das atividades de vida diária
de forma independente, dando assim mais qualidade de vida.
O
fisioterapeuta deve atuar o mais precocemente possível através de um plano de
tratamento, onde são destacados os seguintes objetivos:
- Manter /
aumentas a amplitude de movimentos em todas as articulações
- Impedir
contraturas
- Melhorar postura
- Impedir a
atrofia por desuso e a fraqueza muscular
- Promover e
incrementar o funcionamento motor e a mobilidade
- Melhorar o
equilíbrio e a instabilidade postural
- Manter ou
aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária
- Incrementar
padrão de marcha
- Melhorar os
padrões de fala, respiração, expansão e mobilidade torácicas
- Retardar ou
minimizar a progressão e efeito dos sintomas da doença
- Impedir o
desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias
- Manter ao máximo
as capacidades funcionais do paciente
- Melhorar a qualidade de vida do paciente, reintegrando-o à sociedade
Exercícios de fisioterapia
Os
exercícios de fisioterapia para mal de parkinson devem ser prescritos após
realização de uma avaliação globalizada do indivíduo, onde serão estabelecidas
as metas a curto, médio e longo prazo. As condutas indicadas são as
seguintes:
- Técnicas
de relaxamento: devem ser
realizadas num momento inicial para diminuir a rigidez, tremores e
ansiedade, através de atividades rítmicas, envolvendo um balanceio lento e
cuidadoso do tronco e membros. Pode-se usar também facilitação
neuromuscular proprioceptiva, técnicas de bobath, terapia aquática,
Shiatsu e Yôga;
- Alongamentos: devem ser feitos de preferência de forma
ativa, pelo próprio indivíduo ou com ajuda do fisioterapeuta, visando
sempre a manutenção das amplitudes articulares. Orienta-se alongamentos
para os braços, tronco, cintura escapular/pélvica e pernas;
- Exercícios
ativos e de reforço muscular: devem ser realizados de preferência
sentado ou de pé, através de movimentos dos braços e pernas, rotações do
tronco, podendo ser utilizados bastões, elásticos, bolas e pesos leves;
- Treino
de equilíbrio e coordenação: é feito através atividades de sentar e
levantar, rodar o tronco nas posições sentada e em pé, inclinação do
corpo, exercícios com mudanças de direção e em várias velocidades, agarrar
objetos e vestir-se;
- Exercícios
posturais: devem ser
realizados sempre buscando a extensão do tronco e em frente ao espelho
para que o indivíduo tenha mais consciência da postura correta;
- Exercícios
respiratórios: orienta-se a respiração em tempos com uso do
bastão para os braços, uso da respiração através do diafragma e maior
controle respiratório;
- Exercícios
de mímica facial: incentivo aos movimentos de abrir e fechar a boca,
sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos,
soprar um canudo ou um apito e mastigar bastante os alimentos;
- Treino
de marcha: deve-se tentar
corrigir e evitar a marcha arrastada através da realização de passadas
maiores, aumento dos movimentos do tronco e braços. Pode-se fazer
marcações no chão, andar sobre obstáculos, treinar o caminhar para frente,
para trás e de lado;
- Exercícios
em grupo: ajudam a evitar a tristeza, isolamento e
depressão, trazendo mais estímulo através do incentivo mútuo e bem-estar
geral. Pode-se utilizar dança e música;
- Hidroterapia: os exercícios na água são muito
benéficos pois ajudam a reduzir a rigidez numa temperatura adequada,
facilitando assim o movimento, a caminhada e trocas de postura;
- Treino
de transferência: numa fase mais avançada, deve-se
orientar a forma correta para movimentar-se na cama, deitar e levantar,
passar para a cadeira e ir ao banheiro.
É
importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do paciente com
doença de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa,
já que períodos prolongados de inatividade devem ser evitados. Também vale a
pena lembrar que a fisioterapia será necessária por toda a vida, portanto
quanto mais atrativas forem as sessões, maiores serão a dedicação e o interesse
do paciente e, consequentemente, melhores serão os resultados obtidos.
Dicas
Segue dois sites com dicas de exercícios, orientações e
demais informações sobre a Doença de Parkinson
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