quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

FASCITE PLANTAR

Antes de começarmos a falar da fascite plantar vamos falar de Fáscia Plantar


O que a fáscia plantar?
A fáscia plantar, também chamada de aponeurose plantar, é um ligamento que corre ao longo da parte inferior do pé, conhecida como sola ou planta do pé. A fáscia plantar é uma faixa de tecido espesso, intimamente ligada à pele e com propriedades elásticas, capaz de se esticar ligeiramente conforme a movimentação dos pés. Este tecido recobre toda base do pé, estendendo-se desde o osso do calcanhar, chamado osso calcâneo, até a ponta do pés, local onde se divide em cinco ramos, um para cada dedo.
A fáscia plantar age como um elástico. Ela cria uma tensão de modo a manter o pé sempre levemente arqueado. Quando andamos, no momento em que levantamos o calcanhar do chão e ficamos apenas com a ponta dos pés encostada ao solo, a fáscia plantar age como uma espécie de guincho, diminuído pressão que os dedos sofrem ao receber grande parte do peso do corpo.
O que é Fascite plantar?
A fascite plantar é uma inflamação do tecido denso na sola do pé. Esse tecido é denominado fáscia plantar.
Causas
A fascite plantar ocorre quando há muita tensão ou uso excessivo da faixa de tecido denso da sola do pé. Isso pode provocar dor e dificuldade para caminhar.
Entre os fatores de risco para a fascite plantar estão:
  • Problemas no arco do pé (pé chato e pé cavo)
  • Obesidade ou ganho súbito de peso
  • Corridas de longa distância, especialmente em ladeiras ou em superfícies irregulares
  • Aumento súbito de peso
  • Tensão no tendão de aquiles (o tendão que liga os músculos da panturrilha ao tornozelo)
  • Calçados com apoio insuficiente à curva do pé ou solas macias

A fascite plantar também é muito comum em pessoas que praticam determinadas atividades, como corridas, ballet, levantamento de peso e dança. Caminhada sem tênis adequado também pode causar estresse sobre a sola dos pés e levar à lesão da fáscia plantar. Estas atividades podem provocar o aparecimento precoce da fascite plantar, antes dos 40 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito através da história clínica do paciente e do exame físico dos pés. O médico irá procurar por sinais de lesão nos pés, pontos dolorosos e alterações anatômicas, como “pé chato”.
Em caso de dúvida, a ultrassonografia e a ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico. A radiografia do pé é geralmente solicitada quando queremos descartar outras causar para a dor.

Sintomas
A queixa mais comum é dor e rigidez na sola do pé. A dor no calcanhar pode ser leve ou aguda. Também pode ocorrer  sensação de queimação na sola do pé.
A dor normalmente é pior:
  • Pela manhã, ao dar os primeiros passos
  • Depois de ficar em pé ou sentar por algum tempo
  • Ao subir escadas
  • Após atividades intensas
  • A dor pode se desenvolver lentamente com o passar do tempo ou repentinamente após atividade intensa.

Tratamento
Inicialmente, a forma de se tratar a lesão é sempre conservadora, sendo feita com anti-inflamatórios, analgésicos sob indicação do ortopedista, e fisioterapia onde o objetivo é desinflamar a região e diminuir a dor.
Outras dicas úteis para o tratamento da fascite plantar podem ser:
  • Aplicar uma compressa de gelo, por 15 minutos na sola dos pés, cerca de 2 vezes ao dia
  • Utilizar uma palmilha indicada pelo ortopedista ou fisioterapeuta
  • Fazer um alongamento da planta do pé e do músculo da "batata da perna", permanecendo sob uma superfície levemente inclinada, como a subida de uma rampa, por exemplo. O alongamento é bem feito quando sente-se a "batata" da perna esticando. Deve-se manter este posicionamento por pelo menos 1 minuto, por 3 a 4 vezes seguidas
  • Utilizar calçados confortáveis que apoiem adequadamente os pés, evitando o suo de tênis e chinelos
  • Em caso de atletas maratonistas, esta lesão é muito comum, e durante o tratamento é preciso parar os treinos para uma abordagem mais assertiva
  • Além de realizar o tratamento para a dor nos pés, é necessário retirar o que está causando a doença, para que ela não volte com o passar do tempo
  • Tratamentos não cirúrgicos quase sempre reduzem a dor. O tratamento pode durar várias semanas ou até que os sintomas desapareçam. Algumas pessoas necessitam de cirurgia (raramente é necessário)
 

Prevenção
  • Manter uma boa flexibilidade na área do tornozelo, do tendão de aquiles e nos músculos da panturrilha
  • Correr em terrenos macios
  • Fortalecimento muscular
  • Perda de peso caso esteja acima do peso
  • Palmilhas com acolchoamento do calcanhar para minimizar o estiramento da fáscia e reduzir o impacto

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

HEMOFILIA

A hemofilia é uma alteração genética e hereditária no sangue, caracterizada por um defeito na coagulação.
O sangue é feito por várias substâncias, onde cada uma tem uma função. Algumas delas são as proteínas chamadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias. Esses fatores são numerados, em algarismos romanos (I a XIII) e trabalham como uma equipe, onde cada um tem seu momento de ação, passando instruções ao seguinte.
A pessoa que tem hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade suficiente para exercer suas funções. Por isso, o sangue da pessoa com hemofilia demora mais para formar um coágulo e, quando este se forma, não é capaz de fazer o sangue parar de escorrer pelo local da lesão.

Tipos
  • Hemofilia A: que é a mais comum e representa 80% dos casos, ocorre pela deficiência do Fator VIII (FVIII).
  • Hemofilia B: ocorre pela deficiência do Fator IX (FIX).

A doença pode ser classificada, ainda, segundo a quantidade do fator deficitário em três categorias: grave (fator menor do que 1%), moderada (de 1% a 5%) e leve, acima de 5%. Neste caso, às vezes, a enfermidade passa despercebida até a idade adulta.
Causa
O gene que causa a hemofilia é transmitido pelo par de cromossomos sexuais XX. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas são portadoras do defeito. O filho do sexo masculino é que pode manifestar a enfermidade.
Diagnóstico
Além dos sinais clínicos, o diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue que mede a dosagem do nível dos fatores VIII e IX de coagulação sanguínea.
Sintomas
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.
Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair. No entanto, quando acometem a musculatura das costas, não costumam exteriorizar-se.
Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como cirurgias, extração de dentes e traumas.
Tratamento
O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposição do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as seqüelas que deixarão os sangramentos. Por isso, o paciente deve ter em casa a dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para seu caso e ser treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareçam os primeiros sintomas.
Deve também fazer também aplicações de gelo, no mínimo, três vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, até que a hemorragia estanque.
Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular.
Recomendações
  • Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma
  • Manchas roxas que aparecem no bebê, quando bate nas grades do berço, pode ser um sinal de alerta para diagnóstico da hemofilia
  • Os pais precisam ser orientados para saber como lidar com o filho hemofílico e devem estimular a criança a crescer normalmente
  • A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para os hemofílicos. No entanto, esportes como judô, rúgbi e futebol são desaconselhados
  • Episódios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível para evitar as sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

DICAS DE ADERÊNCIA AOS TREINOS


Muitas vezes nos matriculamos em academias de ginástica ou em programas de exercícios físicos regulares como grupos de corrida e não somos bem sucedidos em finalizar nossos planejamentos e atingir nossas metas, sejam elas estéticas ou voltadas ao desempenho atlético.
Por diversas vezes ouvimos a seguinte afirmação: “Quero treinar todos os dias, porque estou animado(a) e espero atingir resultados rápidos”. E a frase enfática, quase pragmática acaba se tornando seis dias na semana, depois cinco, quatro, decrescem ainda mais e no final, desânimo e decepção. Tal fato ocorre porque muitas vezes, tanto os profissionais da área de educação física quanto seus alunos acabam não respeitando um conceito fundamental chamado aderência.
O conceito de "aderência ao exercício" implica em ajustar de maneira inteligente a rotina do aluno a seus afazeres diários, somados à facilidades como horário, estacionamento, trânsito, alimentação pré e pós-exercício, família, trabalho e por aí vai... Por fim, temos muitas vezes um desanimado aluno (e também um desanimado professor) que acabam não levando em consideração um detalhe fundamental que muitas vezes não se aprende de maneira técnica. Seres humanos fazem parte de redes sociais complexas e precisam conciliá-las a fim de maximizar uma determinada tarefa.
Antes de se matricular em u academia ou em um programa de exercícios pense em que for organizar um plano de treinamento com seu professor/aluno leve em consideração todas as questões técnicas desejáveis como a intensidade do treino, o volume e a modalidade. Mas não se esqueça de considerar variáveis que tecnicamente são consideradas desprezíveis, porém, podem fazer toda a diferença quando o assunto é manter-se saudável, feliz e principalmente, por longo tempo em uma determinada prática esportiva.

Veja abaixo dicas para aumentar a aderência aos exercícios físicos:
 
  • Monitorar os avanços com auto relatórios
  • Nunca praticar nada além dos seus limite
  • Contornar os desincentivos e inconveniências(como os citados a cima)
  • Sempre renovar a motivação, estabelecendo objetivos alcançáveis e compromisso consigo mesmo, buscando informações, munindo-se de autoconfiança
  • Realizar exercícios em ambientes agradáveis
  • Praticar exercícios com amigos, familiares, parceiros agradáveis e estimuladores
  • Sempre buscar informações claras e confiáveis do seu treino
 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CÃIBRAS MUSCULARES

As cãibras musculares são movimentos involuntários e frequentemente dolorosos (contrações) dos músculos.
Os grupos de músculos envolvidos com mais frequência são:
  • Parte posterior da parte inferior da perna/panturrilha (gastrocnêmio)
  • Parte posterior da coxa (isquiotibiais)
  • Parte frontal da coxa (quadríceps)
Cãibras nos pés, mãos, braços, abdome e ao longo da caixa torácica são também bem comuns.
Causas
Em geral, as câimbras musculares são causadas pela prática de esportes ou por determinadas atividades profissionais. Já as câimbras noturnas na perna, muitas vezes não têm causa aparente, mas sugerem a associação com algumas doenças sistêmicas.
Entre as causas mais comuns das câimbras, é válido citar:
  • Uso exagerado da musculatura: são as câimbras típicas dos atletas que praticam exercícios que sobrecarregam determinados músculos. No entanto, elas podem ocorrer, também, nas mãos, nos braços e no pescoço como resultado de atividades como escrever, digitar ou trabalhar com ferramentas na mesma posição durante muito tempo.
  • Desidratação: a água facilita as contrações e o relaxamento das fibras musculares e dos tendões. A falta dela deixa-os mais sujeitos a espasmos.
  • Baixas temperaturas: o frio faz com que a musculatura fique mais tensa e contraída, o que facilita a ocorrência de espasmos das fibras musculares.
  • Má circulação: nos mais velhos, o estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores causado por placas de aterosclerose pode provocar câimbras, quando a musculatura é solicitada com mais intensidade.
  • Compressão de raízes nervosas: artroses e perda de elasticidade dos discos que ficam entre as vértebras da coluna lombar podem comprimir os nervos, que saem para inervar os membros inferiores, e provocar dor. Essa dor fica mais forte à medida que a pessoa anda e pode adquirir as características típicas das câimbras. No entanto, ela melhora quando a coluna fica ligeiramente flexionada para frente, por exemplo, na posição que a pessoa assume ao empurrar o carrinho do supermercado.
  • Carência de sais minerais: falta de potássio, cálcio ou magnésio na dieta alimentar pode estar por trás de quadros de câimbras frequentes. Pessoas hipertensas que tomam diuréticos geralmente perdem potássio.
  • Outras causas: portadores de diabetes, anemia, insuficiência renal, doenças da tireoide, degenerações neurológicas, desequilíbrios hormonais e mulheres grávidas estão mais sujeitos a desenvolver episódios dolorosos de câimbras.
Tratamento
Quando as câimbras atacam, a primeira atitude é tentar reverter imediatamente as contrações alongando o membro acometido. Mobilize com as mãos (ou com a ajuda do chão ou da parede) os músculos na direção contrária a que eles estão contraindo, até que a dor e o espasmo desapareçam. Uma massagem suave e compressa de água quente nos músculos acometidos ajuda a relaxar a musculatura.
No momento das câimbras, não é preciso tomar nenhum remédio. Uma vez que a cãibra tenha desaparecido, basta hidratar-se e descansar para evitar recaídas.

Prevenção / Recomendações
Câimbras não têm cura, mas alguns cuidados simples podem prevenir a repetição das crises:
  • Boa hidratação: tome bastante líquido durante o dia, especialmente antes de praticar exercícios vigorosos. Bem hidratados, os músculos se contraem e relaxam com mais facilidade.
  • Exercícios de alongamento: o alongamento deve ser feito depois de qualquer exercício mais prolongado. Se as câimbras ocorrerem mais à noite, faça os alongamentos antes de deitar-se. Não desanime. Os exercícios de alongamento levam tempo para produzir os efeitos necessários para prevenção e controle dos episódios de câimbras
  • Alimentação balanceada: inclua frutas e verduras na sua dieta habitual. Esses alimentos são ricos em vitaminas e sais minerais, nutrientes importantes para o funcionamento não só dos músculos, mas de todo o organismo
  • Converse com seu médico a respeito da recorrência dos episódios se você faz hemodiálise ou toma remédios contra a hipertensão
  • Repouse um pouco e não force a musculatura afetada pelos episódios dolorosos
  • Lembre que a banana é um alimento rico não só em potássio, mas também em carboidratos. Além disso, não está provado que ela seja altamente eficaz para prevenir os episódios de câimbras.
 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CIRROSE

Cirrose é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Pode ser causada por infecções ou inflamação crônica dessa glândula. A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no lugar das células saudáveis que morrem. Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções normais como produzir bile (um agente emulsificador de gorduras), auxiliar na manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool e alguns medicamentos, entre outras.
A cirrose é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer também as mulheres. O uso abusivo de álcool fez crescer o número de portadores da doença nos últimos anos.
Causas
O abuso do álcool é a principal causa da cirrose. Como o fígado é responsável pela metabolização dessa substância, quando exposto a doses excessivas de álcool, sofre danos em seus tecidos vitais que comprometem seu funcionamento.
Também são causas de cirrose as hepatites crônicas provocadas pelos vírus B e C (principalmente), pelo uso de determinados medicamentos e pela hepatite autoimune.

Sintomas
A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos. A cirrose por si mesma dificilmente causa sintomas em seu início, porém, com a evolução para estágios mais avançados, o insuficiente funcionamento do fígado leva ao aparecimento de diversas manifestações.
Dependendo do paciente e da causa da cirrose poderão ser predominantes sintomas de um ou mais grupos.
Alterações relacionadas aos hormônios: Perda de interesse sexual; Impotência; Esterilidade; Parada das menstruações; Aumento das mamas dos homens; Perda de pelos.
Alterações relacionadas à circulação do sangue no fígado (hipertensão da veia porta): Aumento do baço; Varizes do esôfago e estômago com risco de hemorragias graves (vômito ou fezes com sangue); Ascite (barriga d'água); Devido à incapacidade do trabalho da célula hepática, acumula-se bile no sangue, surgindo a icterícia (amarelão), que pode estar associada à coceira no corpo.
Muitas outras alterações podem ocorrer, tais como: Inchaço nas pernas; Desnutrição (emagrecimento, atrofia muscular, unhas quebradiças); Facilidade de sangramento (gengiva, nariz, pele)
A Encefalopatia Hepática (EpH) – síndrome com alterações cerebrais decorrentes da má função hepática, produz: Sonolência excessiva durante o dia e dificuldade de dormir a noite; Agitação ou agressividade no comportamento, dificuldade de escrever, de falar, de dirigir veículos, de cálculos simples.
 

Diagnóstico
O diagnóstico combina avaliação médica, realização de exames laboratoriais e de exames de imagem, como o ultra-som. Em alguns casos, é necessária a realização de biópsia das células do fígado, para avaliar também o desenvolvimento de um possível câncer.
É importante fazer o diagnóstico precoce, para iniciar o tratamento o mais depressa possível, isso pode adiar ou evitar que surjam complicações mais graves.

Tratamento
Cirrose é um processo patológico irreversível que pode ser fatal. A primeira coisa a fazer diante do diagnóstico de cirrose é eliminar o agente agressor, no caso de álcool e drogas, ou combater o vírus da hepatite.
Para casos mais graves, o transplante de fígado pode ser a única solução para a cura definitiva da doença.

Fatores de Risco
  • Uso excessivo de álcool
  • Infecção pelos vírus da hepatite B ou C
  • Algumas doenças genéticas (por exemplo, Doença de Wilson)
  • Hepatite autoimune
  • Cirrose biliar primária.
Recomendações
  • Evite o uso abusivo de álcool
  • Utilize preservativo nas relações sexuais e seringas descartáveis para evitar a contaminação pelos vírus das hepatites B e C
  • Não descuide do tratamento para as hepatites B e C crônicas a fim de que não provoquem cirrose
  • Procure vacinar-se contra hepatite B para evitar o risco de contrair essa doença.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ALCOOLISMO

Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. É considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando as consequências irreversíveis.
A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho.  
Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença.
O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (uni vitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.
Estudos mostram que adolescentes abstêmios, filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga.
Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Quando acompanhados por vários anos, porém, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes.
Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga.
Quando é dependência
A medicina trabalha com critérios claros e bem definidos para diagnosticar casos de dependência de qualquer tipo de droga. Alguns desses critérios são:
  • Perda de controle: desejo incontrolável de consumo
  • Tolerância: necessidade de consumir doses maiores para obter o mesmo efeito de quando se bebia menos
  • Síndrome de abstinência: surgimento de sintomas físicos e psíquicos quando o consumo é reduzido ou interrompido
  • Tentativa de evitar a síndrome de abstinência: busca pela droga para não sentir os sintomas da abstinência
  • Saliência do consumo: a droga é mais importante do que tudo o que o indivíduo valorizava
Complicações
Intoxicação Aguda: o álcool cruza, com liberdade, a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral. Poucos minutos depois de um drinque, sua concentração no cérebro já está praticamente igual à da circulação.
Em pessoas que não costumam beber, níveis sanguíneos de 50mg/dl a 150 mg/dl são suficientes para provocar sintomas. Esses, por sua vez, dependem diretamente da velocidade com a qual a droga é consumida, e são mais comuns quando a concentração de álcool está aumentando no sangue do que quando está caindo.
Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.
Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.
Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.
Quando a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
Em não alcoólicos, quando a concentração de álcool no sangue chega à faixa de 300mg/dl a 400 mg/dL ocorre estupor e coma. Acima de 500 mg/dL, depressão respiratória, hipotensão e morte.

Tolerância e Alcoolismo crônico: a resistência aos efeitos colaterais do álcool está diretamente associada ao desenvolvimento da tolerância e ao alcoolismo.
Horas depois da ingestão exagerada de álcool, embora a concentração da droga circulante ainda esteja muito alta, a bebedeira pode passar. Esse fenômeno é conhecido como tolerância aguda.
O tipo agudo é diferente da tolerância crônica do bebedor contumaz, que lhe permite manter aparência de sobriedade mesmo depois de ingerir quantidades elevadas da droga. Doses de álcool entre 400mg/dl e 500 mg/dl, que muitas vezes levam o bebedor ocasional ao coma ou à morte, podem ser suportadas com sintomas mínimos pelos usuários crônicos.
Diversos estudos demonstraram que as pessoas capazes de resistir ao efeito embriagante do álcool, estatisticamente, apresentam maior tendência a tornarem-se dependentes.

Síndrome do blackout e da abstinência: pode ocorrer em bebedores esporádicos ou crônicos e caracteriza-se por amnésia que pode durar horas, sem perda de consciência da realidade durante a crise. O blackout (ou apagamento) acontece porque o álcool interfere nos circuitos cerebrais encarregados de arquivar acontecimentos recentes. O quadro, de certa forma, lembra o perfil de memória das pessoas idosas, capazes de contar com detalhes histórias antigas, mas que não conseguem recordar o cardápio do almoço.
O álcool é uma droga depressora do Sistema Nervoso Central. Para contrabalançar esse efeito, o usuário crônico aumenta a atividade de certos circuitos de neurônios que se opõem à ação depressiva. Quando a droga é suspensa abruptamente, depois de longo período de uso, esses circuitos estimulatórios não encontram mais a ação depressora para equilibrá-los e surge, então, a síndrome de hiperexcitabilidade característica da abstinência.
Seus sintomas mais frequentes são: tremores, distúrbios de percepção, convulsões e delirium tremens.

Metabolismo do álcool: o metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
Um adulto de 70kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.
O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo
diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.
Usuários crônicos de álcool costumam nele obter 50% das calorias necessárias para o metabolismo. Por isso, frequentemente desenvolvem deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B.
 
 
Tratamento
Reconhecer que precisa de ajuda para um problema com álcool talvez não seja fácil. Porém, tenha em mente que, o quanto antes vier à ajuda, melhores serão as chances de uma recuperação bem sucedida.
As recomendações atuais para tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas:
  • Desintoxicação: geralmente realizada por alguns dias sob supervisão médica, permite combater os efeitos agudos da retirada do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional.
  • Reabilitação: Alcoólicos anônimos – depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea.
Os medos dos sintomas da abstinência são muito comuns entre pacientes. O que poucas pessoas sabem é que hoje existem medicamentos que ajudam a diminuir esses sintomas.
Para que o tratamento tenha sucesso é fundamental a participação dos familiares e amigos próximos.

Consumo de Baixo Risco

Beber é sempre um risco. Afinal, apenas uma dose de álcool no sangue já é suficiente para diminuir o estado de atenção. Por isso, fala-se em consumo de baixo risco, ou seja, ingestão de quantidades de álcool que não causam dependência.
Para os homens essa quantidade significa 14 doses por semana e não mais que quatro doses por ocasião. Já para as mulheres, 12 doses por semana e apenas duas por evento. Uma dose corresponde a 10 gramas de álcool, o equivalente a uma latinha de cerveja ou uma taça de vinho bem servida.
Vale dizer que o alcoolismo é apenas uma das doenças causadas pelo álcool. Uma pessoa pode não desenvolver dependência e ter uma série de outros problemas de saúde, como a cirrose.


Prevenção

Não há nenhum modo absoluto de se prevenir o alcoolismo. Porém, o forte apoio da família e as relações sólidas com pessoas que não bebem e os amigos, podem ajudar. De forma geral, para qualquer tipo de vício, o importante é nunca começar a utilizar a droga causadora da dependência em questão e, no caso do alcoolismo, esta afirmativa é muito mais importante para aqueles indivíduos que têm histórico de outros familiares portadores da doença, já que a questão da hereditariedade influi em uma maior facilidade em se adquirir o alcoolismo ou síndrome de dependência do álcool.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PÉ DIABÉTICO

Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado “pé diabético”. Uma doença que pode ser evitada.
O pé diabético é uma série de alterações anatomopatológicas e neurológicas periféricas que ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus. Essas alterações constituem-se de neuropatia diabética, problemas circulatórios, infecção e menor circulação sanguínea no local. Essas lesões geralmente apresentam contaminação por bactérias, e como o diabetes provoca uma retardação na cicatrização, ocorre o risco do pé ser amputado. O pé diabético ocorre pela ação destrutiva do excesso de glicose no sangue. A nível vascular, causa endurecimento das paredes dos vasos, além de sua oclusão, o que faz a circulação diminuir, provocando isquemia e trombose.
Locais de Risco
  • Dedos: podem ser formadas deformidades, que por pressão formam calosidades ulceráveis
  • Sulcos interdigitais: local com facilidade para fissuras e cortes, além da presença de fungos
  • Região distal do pé: metatarsos ulcerados podem levar a osteomielite
  • Região medial do pé: é um local de apoio, sujeito a calosidades.
Sintomas
A pessoa com pé diabético tem sintomas como:
·         Formigamentos
·         Perda da sensibilidade local
·         Dores
·         Queimação nos pés e nas pernas
·         Sensação de agulhadas
·         Dormência
·         Fraqueza nas pernas.
Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.
Diagnóstico
O diagnóstico do pé diabético propriamente dito é feito principalmente pelos sintomas da neuropatia (diminuição da sensibilidade – hipoestesia ou a perda total da sensibilidade - anestesia), calosidades, alterações nas unhas, pela diminuição da circulação (micro e macrocirculação) com diminuição ou ausência dos pulsos arteriais distais (pulsos arteriais dos pés); esfriamento do pé (palidez ou arroxeamento do(s) dedo(s) ou do pé).

Para detectar problemas circulatórios, a palpação dos pulsos periféricos, bem como exame do estado de atrofia da pele, de alterações do trofismo das unhas e de úlceras devem ser rigorosos. Exames de Doppler para verificar o grau de acometimento vascular são importantes nos pacientes com ausência de pulsos periféricos.

Procedimento médico ao examinar o paciente:

1.Avaliação do problema.
  • Inspeção cuidadosa do pé.
  • Registro dos pulsos arteriais
  • Registro da sensibilidade do pé.
2.Descrição da lesão.

3.Descrever extensão de necrose cutânea.

4. Exame com Doppler ultrassom para verificar a extensão dos problemas circulatórios.

5.Cultura do pus para detectar germes aeróbios e/ou anaeróbios.

6. Usar antibiótico de largo espectro até que o antibiótico apropriado seja dado;

7. Determinar o estado de controle do diabete

8.Solicitar Rx dos 2 pés para verificar as deformações ósseas decorrentes da osteomielite.
Tratamento
O tratamento da neuropatia é sintomático. São receitados vitaminas do complexo B, antidepressivos, tricídicos e carbamezapina.

O tratamento das úlceras neurotróficas (úlceras que se formam como consequência da perda de sensibilidade dos nervos) é de extrema importância, já que é um fator determinante da redução da amputações de membros inferiores, enfatizando os aspectos preventivos e educacionais.

O tratamento para as conseqüências da macroangiopatia diabética, são os mesmos utilizados para a não diabética: Realizar exercícios programados de marcha; Evitar traumatismo químico, térmico ou físico nos pés; Usar vasodilatadores: Pentoxifilina (comprimidos) 3 vezes ao dia.

Tratamento cirúrgico quando necessário: Desbridamento (limpeza cirúrgica) de pequenas áreas de abcesso ou extensas, quando necessário, área de infecção que não melhore com o antibiótico; Revascularização do membro que somente pode ser avaliado, indicado e realizado após a utilização do Duplex-scan e/ou arteriografia.; Drenagem e amputação aberta, se necessário; Fisioterapia e reabilitação (treinamento para o uso de próteses).

Tratamento cirúrgico para os problemas circulatórios dos membros: Após o estudo com dúplex scan e a arteriografia que identificarão a extensão dos problemas circulatórios, temos várias opções: Angioplastia transluminal percutânea: dilataçao do vaso através de um tubo especial – cateter, com disposito na ponta (balão) para dilatar a parte estreitada. Ela está bem indicada para segmentos curtos (4 a 6cm de extensão) no território ilíaco. No território femoral os resultados são piores, o mesmo ocorrendo com as artérias da perna; Enxerto aorto bi-ilíaco ou bifemoral nas obstruções extensas, desse segmento (enxerto da aorta que vai ser colocado nos pontos onde há obstrução do sangue da aorta até a artéria ilíaca); Enxerto fêmoro-poplíteo ou distal. (enxerto entre a coxa e a perna); Endarterectomia está indicada para lesões curtas do segmento ilíaco, consiste na abertura da artéria e fazer uma retirada da placa de ateroma.
Fisioterapia
O fisioterapeuta como membro integrante da equipe multidisciplinar atua intensivamente melhorando a qualidade de vida do paciente diabético.
O fisioterapeuta deve proceder com uma avaliação cuidadosa dos principais sintomas do diabetes na prática clínica, tais como:
  • Avaliação postural: avaliar o apoio dos pés no chão, percebendo se há algum ponto de maior pressão, se os pés são cavos ou planos (aumento ou diminuição do arco plantar) se há joanete ou desvio de dedos, se existe desabamento de arco plantar ou alguma deformidade que altere a biomecânica dos pés durante a marcha
  • Presença de vasculopatias e neuropatias periféricas
  • Presença de lesões e ulcerações pré-existentes
  • Avaliação da sensibilidade térmica (através do gelo e calor), dolorosa e tátil (uso do estesiômetro) e dos reflexos osteo-tendinosos
  • Análise da força muscular de membros inferiores e do trofismo, através de testes manuais de força
  • Análise do equilíbrio e da marcha: verificar a marcha do paciente se é normal ou claudicante (que pode indicar maior comprometimento dos pés), o ritmo e o tamanho dos passos e a velocidade com que se caminha.

Tratamento Fisioterapêutico

O tratamento preventivo objetiva impedir o aparecimento de lesões e ulcerações nos pés através de orientações ao paciente que são as seguintes:

Orientar inspeção diária dos pés, procurando por lesões, bolhas, sangramentos ou feridas que não cicatrizam

Orientar a inspeção dos calçados antes de usá-los, procurando por costuras abertas, pedrinhas ou ciscos, que possam vir a lesionar os pés

Orientar alongamentos e fortalecimentos da musculatura de membros inferiores, pois uma musculatura forte leva a uma marcha melhor, minimizando o risco de tropeços, quedas e fraturas. Aqui podemos incluir também o fortalecimento da musculatura intrínseca dos pés

Orientar a compra de calçados adequados: não devem apertar o pé, não devem ter costuras, de preferência deve ser comprado à tarde (quando o pé está mais inchado), evitar o uso de sandálias (devido a maior exposição do pé). Já existem no mercado vários sapatos específicos para diabéticos

Indicação de palmilhas corretivas ou de posicionamento dos pés, quando verificamos a ocorrência de um pé muito plano ou muito cavo, que apresentam riscos de lesões devido à hiperpressão

Se necessário, indicação de uma bengala ou andador como auxiliar na marcha e no equilíbrio, prevenindo quedas e evitando o excesso de peso em determinados pontos dos pés;

Incrementar a propriocepção (sensação de posicionamento das articulações no espaço) e a sensibilização do pé através do uso de bolinhas (várias texturas) e tecidos (no caso do pé diabético deve-se iniciar com um tecido mais grosso, progredindo para um tecido mais fino)

Em casos de dor decorrente de neuropatia periférica é de grande utilidade o emprego do TENS, que é uma corrente elétrica de alta freqüência, que bloqueia os canais de dor, e na grande maioria dos pacientes leva a um grande alívio da mesma

Abusar da consciência corporal: orientar o paciente a sentir as diversas partes do corpo, procurar perceber as regiões doloridas ou tensas do corpo, se um lado do corpo é mais pesado ou mais leve que o outro, tanto em pé, quanto na posição deitada. A consciência corporal é extremamente importante para que o paciente conheça seu corpo e entenda as mensagens que o corpo está enviando.
Quando as lesões ou ulcerações já estão instaladas no pé, o fisioterapeuta pode fazer uso do ultra-som, que é um calor profundo que auxilia na formação de colágeno nas bordas da ferida que auxiliam no processo de cicatrização. Deve-se também orientar o posicionamento correto do membro a fim de evitar contraturas de músculos e tendões e com o intuito de melhorar a circulação, evitar inchaços, e prevenir a perda da capacidade funcional do membro lesionado.
Prevenção
A prevenção no pé diabético é o capítulo mais importante nesta patologia:
·         O exame diário dos pés, bem como a proteção dos dedos e maléolos é a maneira mais fácil de evitar o aparecimento das tão desagradáveis e perigosas lesões
·         É necessário secar bem os pés, cortar cuidadosa e periodicamente as unhas
·         É preciso evitar a colocação de calor local, tipo bolsas de água quente e proximidade com o fogo
·         É recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles