A hemofilia é uma alteração genética e
hereditária no sangue, caracterizada por um defeito na coagulação.
O sangue é feito por várias substâncias, onde cada uma tem uma função. Algumas delas são as proteínas chamadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias. Esses fatores são numerados, em algarismos romanos (I a XIII) e trabalham como uma equipe, onde cada um tem seu momento de ação, passando instruções ao seguinte.
A pessoa que tem hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade suficiente para exercer suas funções. Por isso, o sangue da pessoa com hemofilia demora mais para formar um coágulo e, quando este se forma, não é capaz de fazer o sangue parar de escorrer pelo local da lesão.
O sangue é feito por várias substâncias, onde cada uma tem uma função. Algumas delas são as proteínas chamadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias. Esses fatores são numerados, em algarismos romanos (I a XIII) e trabalham como uma equipe, onde cada um tem seu momento de ação, passando instruções ao seguinte.
A pessoa que tem hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade suficiente para exercer suas funções. Por isso, o sangue da pessoa com hemofilia demora mais para formar um coágulo e, quando este se forma, não é capaz de fazer o sangue parar de escorrer pelo local da lesão.
Tipos
- Hemofilia A: que é a mais comum e representa 80% dos casos, ocorre pela deficiência do Fator VIII (FVIII).
- Hemofilia B: ocorre pela deficiência do Fator IX (FIX).
A doença pode ser classificada, ainda, segundo a quantidade do
fator deficitário em três categorias: grave (fator menor do que 1%), moderada
(de 1% a 5%) e leve, acima de 5%. Neste caso, às vezes, a enfermidade passa
despercebida até a idade adulta.
Causa
O gene que causa a hemofilia é transmitido pelo par de
cromossomos sexuais XX. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas são
portadoras do defeito. O filho do sexo masculino é que pode manifestar a
enfermidade.
Diagnóstico
Além dos sinais clínicos, o diagnóstico é feito por meio de um
exame de sangue que mede a dosagem do nível dos fatores VIII e IX de coagulação
sanguínea.
Sintomas
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se
espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares
que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os
principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de
movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e
cotovelo.
Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano
de vida do paciente sob a forma de equimoses (manchas roxas), que se tornam
mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair. No entanto, quando
acometem a musculatura das costas, não costumam exteriorizar-se.
Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como
cirurgias, extração de dentes e traumas.
Tratamento
O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste
na reposição do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a
molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os
hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo
Ministério da Saúde.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as
seqüelas que deixarão os sangramentos. Por isso, o paciente deve ter em casa a
dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para seu caso e ser
treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareçam os primeiros sintomas.
Deve também fazer também aplicações de gelo, no mínimo, três
vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, até que a hemorragia estanque.
Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser
encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover
estabilidade articular.
Recomendações
- Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma
- Manchas roxas que aparecem no bebê, quando bate nas grades do berço, pode ser um sinal de alerta para diagnóstico da hemofilia
- Os pais precisam ser orientados para saber como lidar com o filho hemofílico e devem estimular a criança a crescer normalmente
- A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para os hemofílicos. No entanto, esportes como judô, rúgbi e futebol são desaconselhados
- Episódios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível para evitar as sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.
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