Antes de começarmos a falar da fascite plantar vamos falar de Fáscia Plantar
O que a fáscia
plantar?
A fáscia plantar,
também chamada de aponeurose plantar, é um ligamento que corre ao longo da
parte inferior do pé, conhecida como sola ou planta do pé. A fáscia plantar é
uma faixa de tecido espesso, intimamente ligada à pele e com propriedades
elásticas, capaz de se esticar ligeiramente conforme a movimentação dos pés.
Este tecido recobre toda base do pé, estendendo-se desde o osso do calcanhar,
chamado osso calcâneo, até a ponta do pés, local onde se divide em cinco ramos,
um para cada dedo.
A fáscia plantar age
como um elástico. Ela cria uma tensão de modo a manter o pé sempre levemente
arqueado. Quando andamos, no momento em que levantamos o calcanhar do chão e
ficamos apenas com a ponta dos pés encostada ao solo, a fáscia plantar age como
uma espécie de guincho, diminuído pressão que os dedos sofrem ao receber grande
parte do peso do corpo.
O que é Fascite plantar?
A fascite plantar é
uma inflamação do tecido denso na sola do pé. Esse tecido é denominado fáscia
plantar.
Causas
A fascite plantar
ocorre quando há muita tensão ou uso excessivo da faixa de tecido denso da sola
do pé. Isso pode provocar dor e dificuldade para caminhar.
Entre os fatores de
risco para a fascite plantar estão:
- Problemas no arco do pé (pé chato e pé cavo)
- Obesidade ou ganho súbito de peso
- Corridas de longa distância, especialmente em ladeiras ou em superfícies irregulares
- Aumento súbito de peso
- Tensão no tendão de aquiles (o tendão que liga os músculos da panturrilha ao tornozelo)
- Calçados com apoio insuficiente à curva do pé ou solas macias
A fascite plantar
também é muito comum em pessoas que praticam determinadas atividades, como
corridas, ballet, levantamento de peso e dança. Caminhada sem tênis adequado
também pode causar estresse sobre a sola dos pés e levar à lesão da fáscia
plantar. Estas atividades podem provocar o aparecimento precoce da fascite
plantar, antes dos 40 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico pode
ser feito através da história clínica do paciente e do exame físico dos pés. O
médico irá procurar por sinais de lesão nos pés, pontos dolorosos e alterações
anatômicas, como “pé chato”.
Em caso de dúvida, a
ultrassonografia e a ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico. A
radiografia do pé é geralmente solicitada quando queremos descartar outras
causar para a dor.
A queixa mais comum é
dor e rigidez na sola do pé. A dor no calcanhar pode ser leve ou aguda. Também
pode ocorrer sensação de
queimação na sola do pé.
A dor normalmente é
pior:
- Pela manhã, ao dar os primeiros passos
- Depois de ficar em pé ou sentar por algum tempo
- Ao subir escadas
- Após atividades intensas
- A dor pode se desenvolver lentamente com o passar do tempo ou repentinamente após atividade intensa.
Tratamento
Inicialmente, a forma de se tratar a lesão é sempre conservadora,
sendo feita com anti-inflamatórios, analgésicos sob indicação do ortopedista, e
fisioterapia onde o objetivo é desinflamar a região e diminuir a dor.
Outras
dicas úteis para o tratamento da fascite plantar podem ser:
- Aplicar uma compressa de gelo, por 15 minutos na sola dos pés, cerca de 2 vezes ao dia
- Utilizar uma palmilha indicada pelo ortopedista ou fisioterapeuta
- Fazer um alongamento da planta do pé e do músculo da "batata da perna", permanecendo sob uma superfície levemente inclinada, como a subida de uma rampa, por exemplo. O alongamento é bem feito quando sente-se a "batata" da perna esticando. Deve-se manter este posicionamento por pelo menos 1 minuto, por 3 a 4 vezes seguidas
- Utilizar calçados confortáveis que apoiem adequadamente os pés, evitando o suo de tênis e chinelos
- Em caso de atletas maratonistas, esta lesão é muito comum, e durante o tratamento é preciso parar os treinos para uma abordagem mais assertiva
- Além de realizar o tratamento para a dor nos pés, é necessário retirar o que está causando a doença, para que ela não volte com o passar do tempo
- Tratamentos não cirúrgicos quase sempre reduzem a dor. O tratamento pode durar várias semanas ou até que os sintomas desapareçam. Algumas pessoas necessitam de cirurgia (raramente é necessário)
Prevenção
- Manter uma boa flexibilidade na área do tornozelo, do tendão de aquiles e nos músculos da panturrilha
- Correr em terrenos macios
- Fortalecimento muscular
- Perda de peso caso esteja acima do peso
- Palmilhas com acolchoamento do calcanhar para minimizar o estiramento da fáscia e reduzir o impacto
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