quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

FASCITE PLANTAR

Antes de começarmos a falar da fascite plantar vamos falar de Fáscia Plantar


O que a fáscia plantar?
A fáscia plantar, também chamada de aponeurose plantar, é um ligamento que corre ao longo da parte inferior do pé, conhecida como sola ou planta do pé. A fáscia plantar é uma faixa de tecido espesso, intimamente ligada à pele e com propriedades elásticas, capaz de se esticar ligeiramente conforme a movimentação dos pés. Este tecido recobre toda base do pé, estendendo-se desde o osso do calcanhar, chamado osso calcâneo, até a ponta do pés, local onde se divide em cinco ramos, um para cada dedo.
A fáscia plantar age como um elástico. Ela cria uma tensão de modo a manter o pé sempre levemente arqueado. Quando andamos, no momento em que levantamos o calcanhar do chão e ficamos apenas com a ponta dos pés encostada ao solo, a fáscia plantar age como uma espécie de guincho, diminuído pressão que os dedos sofrem ao receber grande parte do peso do corpo.
O que é Fascite plantar?
A fascite plantar é uma inflamação do tecido denso na sola do pé. Esse tecido é denominado fáscia plantar.
Causas
A fascite plantar ocorre quando há muita tensão ou uso excessivo da faixa de tecido denso da sola do pé. Isso pode provocar dor e dificuldade para caminhar.
Entre os fatores de risco para a fascite plantar estão:
  • Problemas no arco do pé (pé chato e pé cavo)
  • Obesidade ou ganho súbito de peso
  • Corridas de longa distância, especialmente em ladeiras ou em superfícies irregulares
  • Aumento súbito de peso
  • Tensão no tendão de aquiles (o tendão que liga os músculos da panturrilha ao tornozelo)
  • Calçados com apoio insuficiente à curva do pé ou solas macias

A fascite plantar também é muito comum em pessoas que praticam determinadas atividades, como corridas, ballet, levantamento de peso e dança. Caminhada sem tênis adequado também pode causar estresse sobre a sola dos pés e levar à lesão da fáscia plantar. Estas atividades podem provocar o aparecimento precoce da fascite plantar, antes dos 40 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito através da história clínica do paciente e do exame físico dos pés. O médico irá procurar por sinais de lesão nos pés, pontos dolorosos e alterações anatômicas, como “pé chato”.
Em caso de dúvida, a ultrassonografia e a ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico. A radiografia do pé é geralmente solicitada quando queremos descartar outras causar para a dor.

Sintomas
A queixa mais comum é dor e rigidez na sola do pé. A dor no calcanhar pode ser leve ou aguda. Também pode ocorrer  sensação de queimação na sola do pé.
A dor normalmente é pior:
  • Pela manhã, ao dar os primeiros passos
  • Depois de ficar em pé ou sentar por algum tempo
  • Ao subir escadas
  • Após atividades intensas
  • A dor pode se desenvolver lentamente com o passar do tempo ou repentinamente após atividade intensa.

Tratamento
Inicialmente, a forma de se tratar a lesão é sempre conservadora, sendo feita com anti-inflamatórios, analgésicos sob indicação do ortopedista, e fisioterapia onde o objetivo é desinflamar a região e diminuir a dor.
Outras dicas úteis para o tratamento da fascite plantar podem ser:
  • Aplicar uma compressa de gelo, por 15 minutos na sola dos pés, cerca de 2 vezes ao dia
  • Utilizar uma palmilha indicada pelo ortopedista ou fisioterapeuta
  • Fazer um alongamento da planta do pé e do músculo da "batata da perna", permanecendo sob uma superfície levemente inclinada, como a subida de uma rampa, por exemplo. O alongamento é bem feito quando sente-se a "batata" da perna esticando. Deve-se manter este posicionamento por pelo menos 1 minuto, por 3 a 4 vezes seguidas
  • Utilizar calçados confortáveis que apoiem adequadamente os pés, evitando o suo de tênis e chinelos
  • Em caso de atletas maratonistas, esta lesão é muito comum, e durante o tratamento é preciso parar os treinos para uma abordagem mais assertiva
  • Além de realizar o tratamento para a dor nos pés, é necessário retirar o que está causando a doença, para que ela não volte com o passar do tempo
  • Tratamentos não cirúrgicos quase sempre reduzem a dor. O tratamento pode durar várias semanas ou até que os sintomas desapareçam. Algumas pessoas necessitam de cirurgia (raramente é necessário)
 

Prevenção
  • Manter uma boa flexibilidade na área do tornozelo, do tendão de aquiles e nos músculos da panturrilha
  • Correr em terrenos macios
  • Fortalecimento muscular
  • Perda de peso caso esteja acima do peso
  • Palmilhas com acolchoamento do calcanhar para minimizar o estiramento da fáscia e reduzir o impacto

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