No Brasil,
o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do
câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum
no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de
cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países
desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que
qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de
três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento
observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado
pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos
sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
Alguns
desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos
e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta
(leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante
a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
Estimativa de novos casos: 60.180 (2012)
Número de mortes: 12.778 (2010)
Número de mortes: 12.778 (2010)
Fatores de Risco
·
Idade
avançada (acima de 50 anos)
·
Histórico
familiar da doença
·
Fatores
hormonais e ambientais
·
Certos
hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e
frutas)
·
Sedentarismo
·
Excesso
de peso
Os negros constituem um grupo de maior risco para
desenvolver a doença.
Sintomas
A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não
causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade
para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e
hematúria (presença de sangue na urina).
Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à
presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior
gravidade.
Diagnóstico
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de:
·
Exame
físico (toque retal)
·
Exame
aboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA
alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor
e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames
laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases
·
Cerca
de 20% dos homens com câncer de próstata sintomático apresentam um PSA normal.
Dependendo da região da próstata, o câncer também pode não ser palpável pelo
toque retal. A melhor estratégia é realizar os dois exames, já que são
complementares
Tratamento
O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor,
assim como da idade do paciente e pode incluir:
·
Prostatectomia
radical (remoção cirúrgica da próstata)
·
Radioterapia
·
Hormonoterapia
·
Uso
de medicamentos.
Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o
acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.
Prognóstico
O prognóstico depende do estádio (extensão) e grau
histológico (Gleason), principalmente. Se o câncer é localizado e se o
paciente realizar uma prostatectomia radical, a sobrevida em 10 anos pode
atingir 90%, sendo equivalente à da população normal. O índice de recorrência
local após 5 anos é de 10% contra 40% da radioterapia. A radioterapia utilizada
no câncer localizado ou localmente avançado (fora da próstata mas sem
metástases) apresenta biópsias positivas de 60 a 30% dos casos quando
realizadas seis meses e dois anos respectivamente após o tratamento.
Nos casos metastáticos, o tratamento é paliativo e o
prognóstico bem mais reservado.
Recomendações
·
Homens
sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devem começar a fazer os
exames preventivos aos 50 anos
·
Descendentes
de negros ou homens com parentes de primeiro grau portadores de câncer de
próstata antes dos 65 anos apresentam risco mais elevado de desenvolver a
doença; portanto, devem começar a fazer os exames aos 45 anos
·
Pessoas
com familiares portadores de câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos
apresentam risco muito alto de desenvolver a doença; por isso, devem começar o
acompanhamento médico e laboratorial aos 40 anos
·
Resultados
de PSA e toque retal alterados são relativamente comuns, mas podem gerar muita
angústia, apesar de não serem suficientes para estabelecer o diagnóstico de
câncer de próstata; para confirmá-lo é indispensável dar prosseguimento a uma
avaliação médica detalhada e criteriosa
·
Optar
por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são
recomendações importantes para prevenir a doença.
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