quinta-feira, 24 de outubro de 2013

GOTA

A doença é caracterizada por um aumento nos níveis de ácido úrico no sangue. Isso leva á deposição de cristais de urato em articulações, rins e subcutâneo. É também muito característico o desenvolvimento de grandes acúmulos desses cristais nas articulações denominadas tofos. 
Acomete principalmente os homens, numa proporção de 20 homens para 1 mulher. Incidindo dos 30 aos 60 anos com pico aos 40 anos. Nas mulheres ocorre preferencialmente após a menopausa.
Em brancos a incidência da gota na população adulta em geral (30 anos) é de 0,2 a 0,3%. Em indivíduos acima dos 40 anos, 1,5% são afetados (2,8% em homens e 0,4% em mulheres). Em algumas raças a prevalência é maior.
Existe uma forte influência hereditária na transmissão da gota em 38% a 80% dos pacientes. Existem pessoas com o ácido úrico elevado de influência hereditária, mas não tem sintomas da gota. Chama-se hiperuricemico o indivíduo com nível de ácido úrico no sangue superior a 7 mg/100 ml. Hiperuricemia ocorre em 10% da população masculina acima dos 40 anos, sendo também observada em mulheres principalmente após a menopausa e também em homens mais jovens, porém numa frequência menor.
Indivíduos hiperuricêmicos tem maior chance de desenvolver gota do que normouricêmicos porém a maioria permanece assintomática o resto da vida, não necessitando de nenhuma medida terapêutica.

Quadro Clinico
  • Hiperuricemia assintomática: Com início na puberdade, sendo assintomática. Caracterizada pelo nível elevado de ácido úrico em decorrência deficiência no metabolismo das purinas
  • Artrite gotosa aguda: tem inicio na quarta década de vida, com crises que duram em média 3 a 10 dias. Caracterizada pela reação inflamatória, normalmente mono ou oligoarticular, de origem rápida e súbita, extremamente dolorosa que geralmente aumenta durante o período noturno. Afetando primeiramente os dedos dos pés e tornozelos, (metatarsofalangeanas, tarsometatarsianas e tibiotarsicas), joelhos, mãos, punhos e cotovelos . Os sinais e sintomas são: Inchaço, edema, aumento da temperatura no local, pele avermelhada e brilhante no local e ao redor, e aumento da sensibilidade no local. Após uma crise pode acontecer descamação da pele no local afetado.
  • Período Intercrítico: com duração variável. Caracterizada após o primeiro ataque agudo de artrite gotosa, quando esta fica por um período sem aparecer e retorna no período de 6 meses a 2 anos. Nesta fase é necessário uma abordagem clinica e laboratorial ampla, objetivando o controle da doença e a prevenção de complicações para o paciente
  • Gota tofácea crônica: Caracterizada pelo aparecimentos de poliartrite crônica (quando afeta varias articulações) algumas vezes com o aparecimento de tofos indolores (acúmulo de microcristais circundados por reação inflamatória) em articulações e tecidos subcutâneos, as dores nesta fase são mais suaves e contínuas, com pouco sinais de inflamação.
 
 
Diagnóstico
  • Exames Laboratorial – Dosagem de ácido úrico no sangue e na urina; Hemograma, lipidograma, glicemia, provas de atividades inflamatórias; Pesquisa de cristais no liquido sinovial por meio de punção e Biopsia de tofos
  • Raio X – em um estágio inicial o exame radiológico é normal ou podeapresentar aumento das partes moles. Em estágios mais avançados – Erosões de cartilaginosas, erosões ósseas ou pequenas lesões destrutivas do osso subcondral, calcificações periarticulares, diminuição do espaço articular, osteopenia, aquilose e tofos
  • Tofos palpáveis: nódulos subcutâneos, calcinose, infecção de partes moles e formações císticas diversas

Tratamento
  • Prescrição médica de antiinflamatórios (como colchicina e antiinflamatório não-hormonal ou corticoesteroides) e uricorredutores (aloputinol).
  • Orientações: quanto a redução de peso, dieta pobre em purinas, redução do consumo de bebidas fermentadas e alcoólicas como cerveja e vinho; café; bebidas destiladas; certos peixes (como anchova, salmão e sardinha); frutos do mar; vísceras; conservas; defumados; lentilhas; espinafre; couve-flor e carnes de aves
Fisioterapia: Objetivo é a redução do quadro álgico e o controle do processo inflamatório (eletroanalgesia)
  • Repouso da articulação afetada, utilizando quando necessário órteses de posicionamento que limitem o movimento articular e aliviem a dor
  • Trações manuais passivas e pompagens
  • Mobilizações ativo-assistidas e o Treino funcional (com intensidade leve) numa fase posterior a artrite gotosa aguda, deve ser realizado, como pro exemplo: treino de marcha (geralmente este paciente terá alteração na marcha) uso de prancha de equilíbrio, balancim, bolas e cama elástica parece ser adequado para o treino de equilíbrio e proprioceptividade de MII.
 
Prevenção
O distúrbio em si pode não ser prevenido, mas você pode evitar itens que desencadeiam os sintomas, vejamos abaixo:
  • Siga uma dieta equilibrada: como cerca de 20% do ácido úrico do corpo vem da alimentação, cuidar do cardápio é fundamental. Abuse dos vegetais e Evite carnes, frutos do mar, bebidas alcoólicas, refrigerantes e sucos industrializados.
  • Beba mais água: hidratar o corpo aumenta o volume de urina, reduzindo a chance de formação de cristais de ácido úrico.
  • Faça atividade fisica: além de ajudar no controle do peso, previne desordens metabólicas que estão associadas com o aparecimento da gota. Durante as crises de gota, evite forçar as articulações com pesos ou movimentos. Qualquer pressão pode aumentar a dor. Por vezes é necessário imobilizar a articulação para evitar a dor. Evite excesso com os pés, não jogue futebol, pois há o acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações, e em caso de choque, faz com que a dor se amplifique.

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