quinta-feira, 28 de março de 2013

CHOCOLATE PRÓS E CONTRAS


Bom a páscoa esta chegando e nada melhor que falarmos de CHOCOLATEEEEEE...



O chocolate é um alimento feito com base na amêndoa fermentada e torrada do cacau. Sua origem remonta às civilizações pré-colombianas da América Central. A partir dos descobrimentos, foi levado para a Europa, onde popularizou-se, especialmente a partir dos séculos XVII e XVIII. Contudo, em função das necessidades climáticas para o cultivo do cacau, não é possível o seu plantio na Europa e por isso as colônias americanas de clima tropical úmido continuaram a fornecer a matéria-prima. Atualmente os maiores produtores estão na África Ocidental.
O chocolate tal como é consumido hoje é resultado de sucessivos aprimoramentos realizados desde o início da colonização da América. O produto era consumido pelos nativos na forma duma bebida quente e amarga, de uso exclusivo da nobreza. Os europeus passaram a adoçar e a misturar especiarias para adequá-lo ao seu gosto. Com o desenvolvimento dos processos industriais e técnicas culinárias, surgiu o chocolate com leite e depois na forma de um sólido. Atualmente, é encontrado em diferentes formas que vão desde o sólido, como o chocolate em pó, as barras, os ovos de pascoa e os bombons, e líquido, como achocolatado ou chocolate quente. Além de ser consumido puro, é também ingrediente de um grande número de alimentos como bolos, tortas, biscoitos, mousses, sorvetes e outros doces. Além disso, com as descobertas científicas, foram conhecidas algumas propriedades que o relaciona à saúde humana. Contudo, o mesmo pode chegar a ser tóxico para alguns animais.
O chocolate contém um tipo de gordura que, ao contrário da maioria das gorduras saturadas, não eleva o colesterol. Além disso, ele possui diversos antioxidantes (mais presentes no chocolate amargo) que atuam contra os radicais livres, prevenindo o envelhecimento e ajudando a diminuir o LDL (o Colesterol "ruim"), diminuindo os riscos de doenças cardíacas. Também contém vitaminas (A, B, C, D e E) e minerais, como ferro, fósforo e magnésio (um nutriente essencial para a saúde dos ossos e dentes). Assim pode-se dizer que o chocolate faz bem para a saúde. Porém embora contenha nutrientes e substâncias que trazem benefícios ao nosso corpo, o chocolate é um alimento rico em gorduras e carboidratos, o que confere a ele um alto valor calórico, ou seja, se comer em grandes quantidades, pode ocorrer um acúmulo de gordura corporal, piorar a saúde cardiovascular e causar problemas no organismo, então temos que comer com moderação. O chocolate ao leite e  principalmente o chocolate branco são menos recomendados devido as gorduras do leite (saturadas). Não existe uma quantidade ideal para consumo diário, mas alguns médicos e nutricionistas indicam que devemos consumir apenas 1 ou 2 porções de doces (incluindo açúcar) por dia: 1 porção de doce corresponde a 20g de chocolate ao leite. Para os chocólatras o importante é não ultrapassar o limite diário de 50g, devido ao altos teores de açúcar e gordura.

Efeito do Chocolate na Saúde:

  • Propriedades Antioxidantes: existem algumas especulações de que os flavonoides do chocolate, em particular a epicatequina, possa promover a saúde cardiovascular como resultado direto do efeito antioxidante sobre os mecanismos antitrombóticos. O consumo desse tipo de chocolate resulta no aumento da capacidade antioxidante total no plasma sanguíneo, assim como no conteúdo de (-) epicatequina, contudo esses efeitos são nitidamente reduzidos quando o chocolate é consumido com leite ou quando é consumido diretamente o chocolate ao leite. Neste casos, o leite parece interferir na absorção dos antioxidantes, o que pode neutralizar os benefício do consumo moderado de chocolate amargo. Outros estudos também observaram que ocorre uma pequena diminuição na pressão arterial com o consumo até 3 vezes por semana de chocolate amargo. A proteção do sistema cardiovascular advém do fato de que esses compostos impedem a deposição de gordura nas artérias. Além disso, há uma diminuição da tendência à agregação plaquetária. Os flavonoides, categoria de compostos que também estão presentes no vinho, no chá verde, nas frutas e nos vegetais, também têm a capacidade de reduzir o LDL e elevar o HDL. Isso ocorreria porque eles aumentariam os níveis da apolipoproteína A1, principal componente do HDL ("colesterol bom"), e diminuem a apolipoproteína B (ApoB), principal componente do LDL ("colesterol ruim"), no fígado e no intestino. Além disso, existem alegações de que esses compostos estimulam a comunicação entre os neurônios e evitam o envelhecimento celular. Contudo, o consumo excessivo é prejudicial, por causa do alto índice de açúcar e gordura, o que fazem com que as pessoas ganhem peso, o que pode neutralizar os ganhos proporcionados pelos antioxidantes.
  • Valor nutricional: o chocolate é um alimento de elevador teor calórico, especialmente por seu elevados teores de gordura. A versão ao leite tem 540 calorias por 100 gramas e 30,3% de gordura na versão convencional e 557 calorias e 33,8% de gordura na versão diet. O meio amargo 475 calorias e 29,9% de gordura, o branco 536 calorias e 31,5% de gordura. É rico em alguns minerais, tais como manganês, potássio e magnésio, e algumas vitaminas, como as vitaminas do complexo B por exemplo, além de traços de ferro e cobre. Também apresenta em sua composição o ácido graxo insaturado ácido oleico. O conteúdo da gordura do chocolate é essencialmente de origem vegetal, o que significa que é pobre em colesterol, uma vez que o chocolate ao leite contém apenas cerca de 3,5% de gordura láctica. O chocolate deve constituir uma parte muito pequena da dieta diária dos indivíduos. Mesmo na Suíça, que é o país com o consumo per capita maior do mundo, o chocolate representa apenas 5 a 10% do total da dieta. Nestas quantidades, o chocolate tem um efeito positivo no equilíbrio nutricional e mesmo os efeitos que lhes associamos no que respeita ao aumento de cáries dentárias não tem muito fundamento pois estudos comprovam que o que é mesmo importante neste aspecto é a higiene dentária, uma vez que uma redução no consumo de doces e chocolates não provoca uma diminuição do número de cáries observadas.
  • Acne: há uma crença popular de que o consumo de chocolate pode causar acne. Alguns estudos relacionam alimentos com alto índice glicêmico em geral, apesar dessa questão ser controversa e ainda ser alvo de estudos. Contudo, uma revisão de estudos que procuravam demonstrar que as dietas ricas em carboidratos ou gordura estimulam a secreção sebácea e afetar adversamente acne indica que estas alegações são infundadas. Uma das explicações é que as glândulas sebáceas não respondem diretamente aos alimentos e sim aos hormônios produzidos pelo próprio organismo.
  • Efeitos sobre o humor e consumo compulsivo: existem relatos de consumidores auto-identificados como viciados em chocolate. Investigações mostram que esses viciados relataram um número significativamente maior de episódios, bem como uma maior quantidade de consumo chocolate do que os não viciados. No entanto, após o consumo, houve aumento de sensações de culpa e nenhuma mudança significativa na sensação de depressão ou relaxamento. Quando foram considerados os índices de transtornos alimentares e depressão, os viciados atingiram níveis mais altos, no entanto, comer chocolate não melhorou o seu humor. Desse modo, embora não exerça grande influência sobre o comportamento humano, são descritas sensações de prazer com o consumo. Alguns atribuem à presença de metilxantinas, que podem provocar sensações de bem-estar. Outra ação relacionada ao bem-estar é o aumento da produção de feniletilamina, uma substância do grupo das endorfinas. As principais metilxantinas presentes são a cafeína em quantidades mínimas, que correspondem a 5% de uma xícara de café, e teobromina que exercem uma ação energética que incide na concentração e capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas. Em cada 100 gramas de chocolate é possível encontrar 160 miligramas de teobromina.

Conheça os tipos de chocolate e seus prós e contras
  • Chocolate ao leite: ao contrário do chocolate branco, possui menos gordura hidrogenada e mais cacau, por isso é menos calórico. Se for o seu preferido e você consumir muito, dê preferência aos produtos puros, ou seja, sem adição de nozes, castanhas, cremes ou outros componentes que acrescentam gordura ao chocolate.
  • Chocolate Amargo: existe uma substância antioxidante na semente do cacau chamada flavóide. Ela age como um protetor cardiovascular natural, pois reduzem a oxidação do LDL, o chamado colesterol ruim. Como os chocolates amargos tendem a ter quantidades mais significativas principalmente aqueles com mais de 70% de cacau. Claro que você não vai sari comendo chocolate amargo sem moderação. Segundo os nutricionistas, dois quadradinhos por dia são suficientes para receber os benefícios antioxidantes.
  • Chocolate Branco: muitos especialistas em chocolate não consideram o chocolate branco como um "verdadeiro chocolate". O chocolate branco é produzido a partir da manteiga de cacau e por isso não contém nenhum antioxidante. Ele não contém o licor de chocolate, uma fermentação não alcoólica do cacau que é a peça chave na composição dos outros chocolates, mas muita gente prefere o chocolate branco por causa de seu sabor distinto. Mas fique sabendo que ele não apresenta nenhuma propriedade benéfica em sua composição.
  • Chocolate Diet: geralmente o chocolate diet é indicado para diabéticos, pois o açúcar é substituído por adoçantes. Por isso acaba sendo também consumido por quem quer cortar algumas calorias. Só tem um probleminha aí: o uso de adoçantes modifica a textura do alimento e os fabricantes acabam adicionando mais gordura para que o produto fique similar ao chocolate normal. Assim, o valor calórico pode até ultrapassar em alguns casos o do chocolate convencional.
  • Chocolate Light: os produtos light têm como tendência a redução de algum componente nutricional, o que leva à redução geral de calorias do produto. Não confunda com produtos diet, que trocam açúcar por adoçante. Como sempre, confira o rótulo dos produtos para checar seus valores nutricionais e veja se o chocolate em questão se encaixa nas suas necessidades, seja dieta ou redução de calorias

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