segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OBESIDADE



O que é Obesidade?
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo de energia na alimentação, superior aquela usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia, a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.
É uma doença cronica  com prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.

O que causa a obesidade?
O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.

Uma dieta hiper energética  com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.

Existem provas científicas que sugerem haver uma predisposição genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e/ou à diminuição da atividade física.

Quais são os tipos de obesidade?
  • Obesidade Androide  Abdominal ou Visceral: quando o tecido adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no abdômen.  Está associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidemia e a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral, bem como à síndrome do ovário poli quístico e à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo. É típico do homem obeso.
  • Obesidade do tipo Ginóide - quando a gordura se distribui, principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da mulher obesa.

Complicações possíveis:
Pessoas obesas têm maior probabilidade de desenvolver doenças  e complicações como:
  • Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e  angina de peito
  • Complicações metabólicas - hiperlipidemia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota
  • Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar
  • Aparelho gastrintestinal - esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon
  • Aparelho gênito urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo
  • Outras alterações - osteoartroses, insuficiência venosa cronica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas
  • Alterações sócio-econômicas e psicossociais
  • Discriminação educativa, laboral e social
  • Isolamento social
  • Depressão e perda de auto-estima.

Quais são os factores de risco?
  • Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos eletrônicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade
  • Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade
  • Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade
  • Fatores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar
  • Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.

Como se previne a obesidade?
  • Dieta alimentar equilibrada
  • Atividade física regular
  • Modo de vida saudável.

Diagnóstico de Obesidade
A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado.
Classificação do IMC:
  • Menor que 18,5 Abaixo do peso
  • Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal
  • Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)
  • Igual ou acima de 30 - Obesidade.

Cálculo do IMC:
IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)
Exemplo: Pedro tem 91 kg e sua altura é 1,75 m
Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
IMC = 91 divididos por 3,0625 = 29,71
O resultado de 29,71 de IMC indica que Pedro está acima do peso desejado (sobrepeso).
Tratamento:
Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do organismo, a forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso como facilita sua manutenção.
Medicamentos
A utilização de medicamentos contribui de forma modesta e temporária para a redução de peso e nunca devem ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como:
  • Nervosismo
  • Insônia
  • Aumento da pressão sanguínea
  • Batimentos cardíacos acelerados
  • Boca seca
  • Intestino preso

 Um dos riscos mais preocupantes é o de se tornar dependente do medicamento, por isso, o tratamento deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.
Cuidados:
  • Não deposite as esperanças do tratamento apenas no medicamento, pois o resultado depende principalmente das mudanças nos hábitos de vida (dieta e atividade física)
  • Com o tempo o medicamento pode passar a perder o efeito. Se isso ocorrer, consulte seu médico e nunca aumente a dose por conta própria
  • Existem muitas propagandas irregulares de medicamentos para emagrecer nos meios de comunicação, por isso não acredite em promessas de emagrecimento rápido e fácil
  • Não compre medicamentos pela internet ou em academias de ginástica, pois muitos não são autorizados pelo Ministério da Saúde e podem fazer mal a quem utiliza
  • Clínicas e consultórios não podem vender medicamentos. O paciente tem a liberdade de escolher a farmácia de sua confiança para comprar ou manipular o medicamento prescrito
  • Fórmulas de emagrecimento com várias substâncias misturadas são proibidas pelo Ministério da Saúde e já provocaram mortes.

Lembre-se:
Para manter o peso dentro dos valores desejáveis a melhor opção é ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente.

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