A úlcera
duodenal consiste na erosão da mucosa que cobre o interior do duodeno produzida
pela ação corrosiva do suco gástrico. Trata-se de uma
doença crônica que, embora cicatrize em poucas semanas, pode voltar a
formar-se.
Causas
A
formação da úlcera depende da ação corrosiva do suco gástrico que atravessa o
duodeno. Em condições normais, o ácido produzido no estômago chega ao duodeno
em quantidades moderadas, misturado com a comida, sendo neutralizado pelas
secreções alcalinas presentes no interior do intestino. A úlcera duodenal
deve-se principalmente ao aumento de produção de suco gástrico, que supera os
fatores defensivos e acaba por corroer a parede do duodeno. Entre os fatores
responsáveis, incluem-se todos aqueles que determinam uma maior produção de
secreção estomacal, sobretudo o stress, o tabagismo e o consumo regular de
medicamentos, como o ácido acetilsalicílico (aspirina) e outros
anti-inflamatórios. Medicações anti-reumáticas incluem feldene, voltaren,
endocin e muitos outros. Como com a aspirina eles podem danificar a camada de
muco no estômago e duodeno após o qual o ácido do estômago causa a lesão final.
Assim o Helicobacter pylori (bactéria, forma espiralada e vive na camada de
muco do estômago. Esta infecção produz uma inflamação na parede do estômago
provocando a gastrite. O organismo desenvolve um anticorpo no sangue contra a
bactéria. A bactéria provavelmente é adquirida por alimentos ou água
contaminados. A bactéria danifica a camada protetora de muco permitindo a ação
do ácido sobre o estômago ou duodeno provocando a úlcera) e certas drogas são
os dois maiores fatores que causam as úlceras. Em raros casos os pacientes
produzirão uma quantidade muito alta de ácidos e desenvolverão úlceras. Esta
condição é chamada Síndrome Zollinger Ellison. Finalmente, algumas pessoas têm
úlcera sem saber a causa.
De
qualquer forma, há casos em que estes fatores não estão presentes e, mesmo
assim, por outros motivos ou às vezes por razões desconhecidas, a atividade
secretora do estômago é superior à habitual ou as defesas do duodeno
reduzem-se, originando a doença
Diagnóstico
O exame mais fidedigno para o diagnóstico é a endoscopia digestiva alta, raramente a úlcera tem transformação maligna. Com a endoscopia biópsias podem ser realizadas para se determinar à presença ou não de malignidade.
O exame mais fidedigno para o diagnóstico é a endoscopia digestiva alta, raramente a úlcera tem transformação maligna. Com a endoscopia biópsias podem ser realizadas para se determinar à presença ou não de malignidade.
Sintomas
A úlcera
geralmente causa dor e queimação na parte superior e média do abdome. Estes
sintomas são mais freqüentes em jejum e aliviam com alimentação e leite. A
doença, como se trata de uma questão subjetiva, varia de pessoa para pessoa: há
quem se queixe de uma grande dor, outros de um pequeno ardor e, em certas
ocasiões, é descrita como uma sensação de fome dolorosa. A intensidade também
varia de caso para caso, desde um incômodo moderado até uma dor que
parece atravessar o abdômen até às costas. O mais constante é o seu
ritmo de aparecimento, geralmente relacionado com as refeições: a dor só
desaparece quando se ingere algum alimento ou quando se toma uma substância
alcalina, para reaparecer após um determinado período de tempo e
progressivamente aumentar de intensidade até à refeição seguinte.
A
sensação de queimação pode ocorrer na alta madrugada fazendo a pessoa acordar
pela dor. Antiácidos e leite usualmente oferecem alívio temporário. Alguns
pacientes sem queixa dolorosa têm fezes escuras, indicando uma úlcera
hemorrágica. A hemorragia é uma complicação muito séria das úlceras.
Entre
outras manifestações comuns encontram-se as náuseas, eventualmente acompanhadas
de vômitos assim como regurgitações ácidas. Estes sintomas aparecem
em quase metade dos casos, embora com intensidade diferente. É muito comum
ocorrerem pequenos vômitos de suco gástrico pela manhã, em jejum.
Evolução
Normalmente,
a úlcera duodenal caracteriza-se por ataques agudos, de 2 semanas a 2 meses de
duração, intercalados com períodos livres de sintomas que podem durar vários
meses e até alguns anos. Todavia, o mais frequente é um novo ataque ao fim de
um período de 6 meses a 1 ano, após ter superado o anterior. Muitas vezes,
estes ataques ocorrem segundo um ritmo sazonal, na Primavera e no Outono, mas
noutros casos o seu aparecimento é imprevisível ou está relacionado com épocas
de muito stress. Esta situação tende a repetir-se durante vários anos
consecutivos, embora as recaídas se tornem, em muitos casos, menos frequentes 5
anos após o início da doença.
Complicações
Geralmente,
a úlcera apenas danifica a capa mais superficial da parede duodenal, originando
os sintomas descritos até finalmente cicatrizar. Mas, nos casos em que a erosão
é mais profunda, poderá provocar graves complicações. De fato, a erosão ao
alcançar os vasos sanguíneos da parede do duodeno provoca uma hemorragia, por
vezes ligeira, mas em grande parte das situações muito intensa. Trata-se frequentemente
de pequenas hemorragias que, como cessam de forma espontânea, passam
inadvertidas; no entanto, tendo em conta que estas se repetem com uma certa
frequência, podem originar uma anemia. Também é possível que a hemorragia seja
abundante e se manifeste através de vômitos sangrentos ou com a
expulsão de fezes escuras, com aspecto de alcatrão, pelo seu conteúdo em sangue
digerido.
Também
pode acontecer que a erosão se torne tão profunda que acabe por perfurar toda a
parede do duodeno. Esta complicação é muito grave, porque deixa passar o
conteúdo intestinal para cavidade abdominal, o que pode dar origem a uma
peritonite, ou seja, a uma inflamação da membrana que cobre os órgãos
abdominais. A perfuração manifesta-se através de uma dor abdominal aguda, por
vezes descrita como uma punhalada, que não cessa com a ingestão de alimentos,
como a típica dor ulcerosa. Caso não seja aplicado um tratamento imediato, pode
conduzir a um estado de choque e provocar alterações com um resultado fatal.
Tratamento
Atualmente
são disponíveis medicações eficazes para suprimir ou quase eliminar a acidez
gástrica. Estas drogas tem sido dramaticamente efetivas no alívio dos sintomas
e permitindo a cicatrização das úlceras. Caso a úlcera tenha sido provocada por
aspirina ou anti-inflamatórios não há necessidade de subseqüente
tratamento. Evitando essas drogas não haverá recorrência da úlcera. A segunda
maior modificação no tratamento das úlceras é a descoberta da infecção pelo
Helicobacter pylori. Quando esta infecção é tratada com antibióticos, é alta a
probabilidade de eliminar a bactéria. Exterminada a infecção as úlceras
dificilmente retornam. Se a infecção não for tratada a úlcera invariavelmente
retornará. A cirurgia indicada apenas nos casos de urgência, indicada
nas complicações da úlcera como a perfuração, obstrução ou hemorragia.
Cigarros:
A nicotina provoca retardo na cicatrização da úlcera, deve ser evitado
Antiácidos:
estes medicamentos são comprados facilmente, podendo ser utilizados para
aliviar os sintomas da úlcera. Elas não ajudam na cicatrização da
úlcera. Não se auto medique
Stress: o
stress pode agravar os sintomas.
Alimentos
que devem ser Evitados
- Café
- Chocolate
- Chás mate e preto
- Refrigerantes
- Pimentas
- Condimentos (molho inglês, massa de tomate, ketchup, mostarda, molho apimentados)
- Comidas gordurosas (principalmente frituras)
- Doces, quando consumidos em excesso
- Frutas cítricas como limão, morango, acerola, kiwi, abacaxi e laranja
- Embutidos em geral como salsicha, bacon e linguiça
- Bebidas alcoólicas
Alimentos
que podem ser Consumidos
- Leite
- Queijo fresco branco
- Ricota
- Carnes magras
- Ovos cozidos (não fritos)
- Verduras e legumes cozidos
- Frutas (exceto as mencionadas no item anterior)
- Pães brancos
- Bolachas maisena e água e sal
- Arroz
- Macarrão
- Batata
- Mandioca e mandioquinha cozidos
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